O que passou

Alguns dizem que a experiência vem com a prática. Outros, que ela é o bônus do tempo. Experiências são paradoxais.

Tratando-se de experiências familiares, ou da ordem dos relacionamentos, pode-se dizer que enfrentamos ciclos de experiências. Por exemplo, todo mês de janeiro é marcado pela volta às aulas dos filhos; finais de semana são (ou deveriam ser) marcados por programas diferentes. Com o tempo, a vida nos dá muitas oportunidades de nos aperfeiçoarmos em muitas situações.

Por outro lado, experiência profissional é o eterno dilema, para todos os ingressantes no mercado de trabalho: “como ter aquilo que só terei quando tiver?”. As empresas hoje em dia são muito mais flexíveis que há tempos atrás; por outro lado, há uma demanda por mais gente qualificada – ou seja, mesmo que haja mais vagas, elas demandarão mais esforço: elas por elas.

Experiência é algo que acontece naturalmente. Não se adquire experiência da noite para o dia ou por mero merecimento. Você tem de viver o que quer que fique escrito nas páginas passadas do seu livro.

Aperte play para “Gotta Be Somebody”, do Nickelback.

Ex-sorriso

Sorriso deve ser a palavra que eu mais repito. Talvez seja um jeito insconsciente de tentar esquecer aos poucos, mas acaba sendo também um jeito de lembrar. Não é preciso ser um grande admirador para reconhecer um bom vinho, mas, para apreciar a essência invisível, é.

Um sorriso empolga e pode ensinar sem querer. Nem todo verão traz calor, mas todo calor faz um novo verão.

Quando um sorriso se junta à nós, é uma alegria só. Isso produz outro sorriso, do outro lado do ar. Mas quando se vai, leva embora consigo mais que o outro sorriso; assim como a noite maldormida não pode ser totalmente recuperada na noite seguinte, um sorriso maculado jamais volta a ser o diamante de outrora.

E o tempo só desgasta ainda mais o tempo que ficou na memória.

Recomendo “A Cruz e a Espada”, dueto entre Paulo Ricardo (do RPM) e Renato Russo (da Legião Urbana).