Night lessons

– Have you ever stared at the moon?
– Of course I have – everyone has!
– No, seriously. Have you ever paid attention to it?
– What do you mean?
– I mean that we can learn metaphorically with the moon.
– Ok, I’m listening.
– You know… The moon is fully dark during a quarter of its life, shines partially on a whole half of its life and shines through only for another quarter of its life.
– I don’t get it.
– Well… Sometimes, we feel a little bit down, specially because of some problems – just like the moon, when it is dark. On the other hand, sometimes we want to let every little feeling show – just like the moon, during its most bright stage.
– So…?
– Don’t you see? Our extremes – gloomy sadness and bright happiness – are present on shorter times of our life. Most of the times, we are supposed to balance bad and good situations, people, happenings and changes on our lives’ course.
– Yeah, just like when we are pissed off but can’t lose our head, right?
– Sure. That’s the main moment when we have to think of the moon, buddy.

A música deste post é um recente sucesso: “Talking to the moon”, do Bruno Mars.

Talvez?

Antes, não pensava em você
Agora, tudo é uma lembrança sua
Nunca me preocupei com você
Hoje, já não faço outra coisa
(Titãs – Antes de você)

Tenho medo de contar, assim como você tem medo de pensar. Eu não sei se comecei nem se você terminou. Não sei de nada, porque sempre foi assim. A cada segundo eu me arrependo de pensar no que não falei e no que poderia ter deixado de fazer. Aliás, é muito louco, tudo isso. Em tudo que eu faço vejo uma metáfora que me guia até seus passos. E, nas entrelinhas de tudo que eu penso, você surge como uma sombra sorridente. Você é a bomba-relógio da minha sanidade, é o show ao qual eu nunca fui. Você é o mistério da descoberta, é a busca por mim mesmo.

Eu não me perco mais. Mas também não me acho. Onde estiver, estou em você, porque você não sai de mim. Não sei se quero te mandar embora e não sei como o faria. Não sei muitas coisas. Queria dizer algo como “mas sei que te amo”, mas nem isso eu sei. Talvez ficar quieto seja um belo jeito de se observar, mas não de conhecer. Quem sabe não precisemos de mais palavras, de mais tempo… Ou então, de mais distância. Depende, tudo depende de como você quer terminar esse rascunho. Porque eu só conheço a história do lado de cá. Depois das areias desta praia eu não conheço nada.

Recomendo, hoje, “Somewhere Only We Know”, da banda Keane.

Estradas

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas“.
(O Pequeno Príncipe)

A gente não pode planejar tudo que vai acontecer. E, às vezes, pode acontecer diferente do planejado. Podemos imaginar as coisas diferentes do que realmente são, mas isso não as mudará. Às vezes, subestimamos o destino e nos acomodamos com as escolhas que tomamos, por puro orgulho de, no mínimo, se autoavaliar. Todos erram. Admitir isso é fácil, porque, generalizando, nós mesmos não nos incluímos nesse “todos”. Ou seja, lá no meio da multidão, um errinho não faz mal, afinal, todo mundo erra, não é mesmo?

Mas chega uma hora em que a estrada – essa estrada – termina. Você, a parede; e só. Há duas opções. Ser totalmente ignorante e forçar a parede abaixo, o que vai demandar muita força e bastante tempo hábil, ou dar meia-volta, perceber que havia, há vários quilômetros, uma bifurcação e, portanto, uma alternativa. Claro que durante seu percurso até a estrada com um fim iminente, silencioso e seco há muito a ser conhecido, guardado e aprendido.

É por o pé na estrada, ter fé em Deus, pois a caminhada é longa.

E o sol segue brilhando.

Recomendo “O chão que ela pisa”, do CPM 22, e “Até o fim”, da banda Engenheiros do Hawaii.

The journey

– This is it.
– Just this? So… Is it done?
– Yes, it’s done. Now, you must face it. I need you to be brave.
– I… I must confess: I’d never expect it.
– I know. I understand you get upset, now. It’s perfectly normal. Actually, it’s just what I was expecting from you.
– If you knew the whole story, why not advising me previously?
– Because then the whole learning would be meaningless.
– Um… And what do I need to learn?
– You’ll see. All you have to do is to keep walking the road you’re on, because now you began to do better.
– It’s confusing.
– I reckon: It actually is – for you. But what is totally simple, at all? And… You might understand it someday, somehow.
(pause)
– You know, I’ve been running in circles this whole time, haven’t I?
– Yes, you’re right. As I said, you’ve just begun to walk the right way.
– Where am I going, then?
– I know where you’re going; and that’s enough.
– Can’t I know it?
– No. So far, all I can tell you is that it’ll be rewarding.
– Will I be afraid?
– Of course you will. You’ll probably want to give up, to give in. But I’ll provide you a sword.
– A sword?
– You know that some things are only overcame with fight. That’s when you’ll use your courage.
– Who will I fight?
– You’ll fight against yourself.
– I don’t see it.
– This is why you’re still learning. If you had understood, we wouldn’t need this conversation. Just remember to never forget you have a sword that can be used anytime. I think, my dear soldier, you’re ready for the battle.
– What if I can’t handle it?
– I’ll be always available, to advise you and strenghten you as you need it. You’ll just have to come to me. But I wouldn’t be putting you in a battle you were going to lose. Actually, if you listen to me, the battle is already won.
– That’s good to know. I’ll set off tomorrow morning.

A recomendação musical deste post é “Ghetto Gospel”, do ícone histórico do rap, Tupac.

Queridos desconhecidos

Quem sabe, algum dia não seja inventada uma maneira de preencher o vazio das saudades sem a presença? Quem sabe se um dia não será criado um jeito de jamais esquecer tudo de bom por que passamos?

Saudade, como já disse, lá no “debut post” é algo bom, pois revela que aproveitamos nosso tempo de maneira que o que passou nos faz falta, ou seja, foi importante de alguma forma.

Ultimamente, tenho pensado em um outro lado, talvez óbvio demais a alguns leitores, de tudo isso. Penso como estão as pessoas que vi uma vez na vida, com quem deixei um sorriso, um aperto de mão, um “obrigado”, meu tempo. O que fazem, neste exato momento, os outros turistas que conheci em minha viagem, na semana passada? Lembram de mim? Foram trabalhar, estudar, correr, se divertir, ou planejar outra viagem? E os locais por onde passei, a areia fofa que se moldou às minhas pegadas? Quantos outros não deixaram sua marca nessa calçada dae areia, e verão o mar apagá-las, guardando para si a recordação daqueles passos? Será que há alguém, agora, tirando fotos dos lugares que me encantaram, sob o mesmo ponto de vista? Ou mesmo tendo a mesma refeição? Será que alguém também valorizará esse período de descoberta e aprendizagem como eu valorizo e acabará registrando suas emoções, tal qual faço agora?

Que fazem aqueles rostos estranhos, outrora tão próximos, em suas casas? Um dia, voltaremos a nos ver? Podem estar comendo, dormindo, cantando, levando o lixo para fora, curtindo uma piscina, andando na areia, ou mesmo escrevendo. Podem estar distantes, mas estamos sob o mesmo céu, e o sol brilha para todos nós.

Há quem diga que existem pessoas que passam tão rápido por nós, em nossas vidas, que são consideradas anjos – especialmente quando nunca mais vistas novamente. Há, claro, quem diga que saudades são demonstrações de fraqueza, e outros que até chorem por ela.

Saudade dói, é verdade. Mas convivamos com ela, e, se assim tiver de ser, reveremos os estranhos que, por um tempo, fizeram mais falta do que muitos conhecidos.

Procure por “Miss You Love”, do Silverchair.

P.s.: Em breve, postagens sobre Natal, a viagem, e outros afins (como este).