Príncipes Encantados

Abaixo, texto de fevereiro.
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Não existem príncipes encantados. Existem apenas alguns caras de sorte que encontram, ao acaso ou por muita insistência, o caminho para o coração de uma mulher. Eles nem sempre são os maiores, mais altos, mais fortes, mais inteligentes e, sobretudo, os mais bem vistos por todos os outros homens – sempre vai ter aquele grupo desdenhando: “ele com aquele mulherão?”.

Assim como não existe rei sem reino, nem sem povo, não há um príncipe encantado se não houver uma dama ao seu lado. Soa poético dizer, mas é verdade. Todo casal se acha o mais lindo – ou um dos mais lindos, quando são modestos – e ela possivelmente o terá por príncipe, e ele a terá por sua dama. Nem que com outras palavras.

Mas, o ponto é: príncipe encantado, espontaneamente, inexiste. Não adianta procurar. Não há nenhum dando sopa por aí. Não. Simplesmente não há. Por quê? Ora, é muito fácil. O que é o amor despertado em uma mulher se não pura magia e encanto? Apenas alguns conseguem despertar o Amor no coração de uma mulher. De sua mulher.

Eles, contudo, não são dotados de mágica. São satélites naturais do amor, apenas refletem o que elas lhes provêm, sem cobranças. O encanto que uma mulher diz ver nos olhos ou no semblante de um homem nada mais é que seu próprio encanto refletido no corpo do indivíduo em questão.

Portanto, nunca acreditem em príncipes encantados. Eles não andam por aí. Não vagueiam em cavalos brancos, à procura de donzelas indefesas. Muito pelo contrário. Estão, na verdade, próximos às suas, protegendo-as e refletindo o brilho que têm as mulheres que cada um ama. Príncipe, por definição, está acompanhado. E muito bem acompanhado.

A música de hoje é “All This Time”, da banda OneRepublic.