“Goodbye”

Hoje, Dia da Poesia (descobri pelo Twitter), vou contribuir com poemas meus. Abaixo, um poema bem recente; escrito cerca de uma semana atrás, chamado “Goodbye”.

This is not a matter of time
This is not a question of trying
The point is we just can’t be

There’s nothing that we can do
Don’t you ever say that it’s you
Girl, it will always be me

I know it’s hard to say goodbye
But it’d be worse for me to lie
All I have to say is written right here

I’m sorry I can’t rewind
I’m sorry I can’t leave your mind
But everything has got an end

You know I know what you like
I know it hurts like a knife
But I don’t regret holding your hand

You told me secrets by the moon
When we were gonna get there soon
Love is a fence only time can mend

I thought I’d never be able
But those pictures of us on the table
Hurt so bad I won’t sleep tonight

I don’t want you to hate me
We just have to accept our fate
I know it’s hard trying not to cry

Tomorrow might not seem a bright day
There’s nothing much left to say
But the last verse must say goodbye

A música deste post é “Tarde de Outubro”, do CPM 22.

A estrada

I hope to lose myself for good
I hope to find it in the end
Not in me; it’s you
It’s all I know
(Switchfoot – You)

Se me perguntassem onde esse caminho vai dar, não saberia responder. Também… Cansei de andar. Vou me sentar ali, naquele toco de árvore, ou naquela pedra meio quadrada. Quem sabe não passa uma carruagem para me levar a um castelo? Ou então uma horda de sanguinários para abreviar isso tudo? Mas… enquanto nada se mexe, sem vento, sem folhas ao chão, sem vida, sem sol, sem chuva, sem ninguém, vou ficar sentado aqui.

O comprimento da estrada parece igual dos dois lados… Não consigo ver de onde vim, nem aonde vou: o horizonte abraçou ambos e os escondeu. Não  vejo graça nessa estradinha de terra. Nem mesmo essa relva uniforme que a margeia ou essas árvores frondosas dão graça ao passeio. Às vezes me pergunto o que estou fazendo aqui. E, por outro lado, não consigo me imaginar em outro lugar senão este.

De que valem os títulos em meio à natureza? De que vale a inteligência sem instrumentos? De que vale a sabedoria sem alguém para se relacionar? De que me serve o incentivo se o chão da estrada é seco e não há perspectiva de chegar? E olhe que esta estrada é basicamente uma reta, ou seja, não ando em círculos. Quem dera estivesse andando em círculos, aliás: teria tido a ilusão de ter companhia ao rever minhas pegadas.

Mas nem isso acontece. Nada acontece. A estrada permanece aí em frente, deslizando para os dois extremos cardiais. Queria sorrir mais, mas não há ninguém para conversar. Queria chorar, mas me esqueci como se faz. Queria entender, mas entender por quê? Para compartilhar meu pensamento com quem?

Perdido eu não estou – não de acordo com os mapas. Sei que estrada é esta. Não sei aonde vai e já quase não me recordo de onde vim, mas sinto que aqui é o lugar.

Enquanto isso, vou me ajeitar aqui na pedra, torcendo para que haja uma tão louca quanto eu. Afinal, o toco de árvore está vazio.

A recomendação de hoje é “On Fire”, da banda Switchfoot.

Estrelas

Entenda, de uma vez: eu não quero que você entenda. Não tem o que explicar, como definir ou porque duvidar. Só quero que você saiba que isso existe. Assim como não há uma mão ou fios movendo a Lua, para nós dois, à noite, não há motivo inteligível que faça alguém raciocinar e compreender isso tudo.

Não é que eu não encontre palavras. Você sabe, encontro muitas; mas não é preciso descrever. Não dá para ler o que fica no mais profundo do nosso ser, da mesma maneira que as estrelas-do-mar se escondem no céu do fundo marinho. Mas dá para sentir uma luz, uma vibração, aquele friozinho quente, aquela ansiedade boba.

Mas, apesar de não dar para entender ou sequer ler, você precisa saber que eu não estou falando às cegas. Conheço muito bem isso tudo. E tomara que você passe a conhecer também, que mergulhe de cabeça e me dê a mão para buscarmos as estrelas-do-mar – as nossas estrelas.

Recomendo duas músicas, hoje: “Vou Pra Aí”, do Jota Quest, e “Play The Game Tonight”, da clássica banda de rock Kansas.

 

O que não faz você feliz?

Algo que dói pode, sim, ser bom. Mas apenas quando após o momento “doído” houver um aprendizado, um ganho em experiência e maturidade. Quando uma situação constantemente invoca sentimentos negativos e não há perspectiva de mudança, há algo errado; aliás, há duas coisas erradas.

A primeira é a situação em si, pois uma vez que ela produz sentimentos ruins – como desprezo, raiva, ódio, irritação – nos outros, algo está sendo feito errado. Um emprego ou um relacionamento, por exemplo: não há razão direta para que sejam desagradáveis, mas as pessoas neles envolvidas podem contribuir para piorar as coisas. E a segunda coisa errada é você. Sim, claro: todos somos livres; então, por que se prender a uma situação que não lhe faz bem (aliás, muito pelo contrário, tem saldo negativo)?

Mudar não é difícil. É só não agir mais de maneira cega e infrutífera.

Recomendo “Crawling In The Dark”, do Hoobastank.

This is it.

– I gotta tell you something.
– Throw it out.
– Ok, then. It’s… It’s time to leave.
– W-what? Are you leaving? So soon?
– Yes, I am. Actually, I’ve been planning this day for more than a month.
– Seriously? How couldn’t I have realized?!
– Maybe… I managed it to be done silently. Kind of painlessly.
– I can’t understand. I can’t accept it. You are… Like a part of the whole thing. Don’t you ever leave me!
– There’s no option lefting. I’m just communicating the facts. I’m sorry.
– I guess tomorrow won’t be a sunny day.
– Don’t you think that! I want you to be as happy as the brightest sunlight.
(Wiping some tears)
– Come on, give me a hug.
(While hugging)
– Wow, you do can hug tightly!
– Maybe it’s not only me hugging you. Anyway, I want you to be the more successful as you can in these new times.
– And so I wish only the best for you.
(Stop hugging)
– And I will do my best. So we can meet each other someday, in an even better situation.
– I believe so. You were really, really special for me. You are already unforgettable.
– And so are you, deep inside me.
– One last thing: when I’m dead, just remember to not let me die within you.
– You know there are fires that never fade away. Never.

Recomendo “Sutilmente”, do Skank, e “Here’s to the night”, da banda Eve 6.