Abaixo, novamente em contribuição ao Dia da Poesia, publico um poema escrito em meados de 2009. Gosto bastante dele, mesmo não sendo meu preferido. A temática é a mesma, e… Ah, não há muito o que falar. Vou deixá-los a sós.
Peguei um papel, fui escrever sobre amor
Não sabia começar, então pensei:
O que é amor, senão toda essa dor
Sobre a qual, com prazer, escreverei?
Alguns poetas o pintam de vermelho
E outros tantos juram nunca tê-lo visto;
Mas o amor é o que me põe de joelhos
Diante da razão pela qual existo.
É bem como rosas num jardim vizinho,
Pois de um lado, se vêem todas as cores;
Mas ao ver melhor, lá estão os espinhos
Em meio àquela doce maré de flores.
Queria ser como um contador de estrelas
Que nunca terminaria de contar;
E mesmo que um dia não pudesse vê-las
Saberia onde e quando as encontrar.
Mesmo que sorrisos de tempos atrás
Não completem mais a sua felicidade
O amor – e toda a mansidão da sua paz –
Deve estar em pé, como única verdade.
Amar é vencer as guerras desarmado,
É conservar dentro da bainha a espada
É expressar o que não pode ser falado,
Fazer sua máxima na pessoa amada.
Amar nos faz sentir como um corpo em chamas
E o outro só torna esse fogo inextinguível
Porque para todo ser que ama
Nem o infinito deve ser impossível.
Como ando ouvindo bastante “Você Vai Lembrar de Mim”, da banda Nenhum de Nós, ela é a recomendação desta post.