Hora de voltar

Caminhe, pode ir. Por mais que ande, jamais sairá daqui. Corra, fuja. Por mais que tente, não há onde se esconder nessa ilha que se torna um coração só. Diga que não. Mas saiba que não dou ouvidos a mentiras. Recuse, amasse esses papéis. Sei que você sabe cada verso de cor. Imagine tudo diferente. Por mais que negue, o nosso mundo é o real. Chore. Arrependimento dói, e por isso há ajuda disponível, bem aqui. Olhe para baixo. Mesmo que queira, não lhe deixarei cair. Feche seus olhos. Mesmo no escuro, há uma força que segue a brilhar por você. Pare de falar. Ainda assim, seu coração pulsará em sinfonia, pedindo pra voltar. Tampe os ouvidos. E preste atenção no que a sua memória faz questão de lhe lembrar, cada palavra. Pare, pense. E caminhe, de volta.

Excelente letra: “Não Existe Adeus”, da banda Hateen. Também ouça “The Pieces Don’t Fit Anymore”, de James Morisson, e “Long Night” da banda irlandesa The Corrs.

Pegadas

Onde você vai se esconder, quando todos tiverem ido? E o que será da sua testa fria, sem ombros que a apoiem? Quanto tempo seus dedos congelados aguentarão longe do calor dos que já os esquentaram? Quantas ruas ainda precisará percorrer pra perceber que jamais deveria ter dado um passo na direção oposta? Quantos sorrisos você vai dar às pessoas erradas antes de voltar a sorrir à própria felicidade, ao grito que te invade e queima, à verdade?

Sempre dá tempo de voltar; o mar não rouba todas as pegadas da areia.

Recomendo duas canções de estilos bastante semelhantes: “With Me”, da banda Sum 41 e “Back To Me”, do The All-american Rejects.