Uma das maiores forças que podemos ter – abaixo do amor, claro – é a fé. Acredite em que acreditar; ou mesmo fé na realização de um projeto, de um sonho, de uma ideia. Quem tem fé não olha para baixo com medo, não tropeça nas pedras em seu caminho, não dá meia-volta após ouvir um ou outro comentário desagradável. Ter fé é quase o mesmo que ter amor: Se for real, nada lhe fará parar ou desistir enquanto o objetivo, por assim dizer, for possível.
Vejo muita gente se declarando ateu ou pertencente a uma religião cujos princípios e raízes desconhece. É intrínseco ao ser humano essa necessidade de se identificar, em qualquer âmbito. A minha visão disso é um tanto quanto divergente, com relação a ambos os casos citados – os “crentes” e “descrentes”. Considero-me cristão, mas não sou um leitor assíduo da Bíblia, e às vezes até me envergonho disso. Enfim, onde quero chegar é que meu embasamento “ideológico” é muito enraizado na chamada Palavra de Deus, e seus princípios básicos. Talvez por isso, falo tanto em amor. Ora, acreditar nEle – sendo que “Deus é amor”, como muitos dizem – é acreditar no amor, na Verdade. E só quem acredita com convicção, como também é o meu caso, tem noção do que é fé, e de seus desafios.
Levando-se em conta tal contexto, acredito no que lá está escrito, e dentre todo o conteúdo, há observações de que não devemos criar religiões. Ora, em momento algum há a ordem, aos que creem, para fundar tal igreja ou religião. Óbvio. Somos igualmente amados, e por isso, devemos permanecer unidos. Quando se está unido, jamais há divergências a ponto de destruir. Tanto é verdade que para amarmos devemos estar unidos. Para crescermos, precisamos estar unidos. Para sermos felizes em plenitude, não podemos estar sozinhos.
Religião não passa de invenção humana, em tentativas frustradas de se sobrepor ao que não pode ser sequer atingido – quiçá sobreposto. Figuras como papa, rabinos, xamãs, e dalai lama não passam de institucionalizações do sobre-humano. são maneiras de tornar o surreal material, tangível. Mas é tudo em vão. Quem tem o poder, a força, o amor, e tudo o mais, não veste roupas, realiza cerimônias, ocupa altos cargos, tampouco caminha entre nós, atualmente (aliás, façamos uma observação: Por que essas auto-denominadas “autoridades religiosas” necessitam de tantos esquemas de segurança, e guardam tantos segredos? Não confiam nos seres humanos?). Mas está em todos os lugares, observando.
Não é preciso ser membro registrado, doar dinheiro, abdicar de direitos humanos ou negar parte de sua vida para demonstrar sua fé no amor. Amar é simples. Simplesmente tudo. Sem ele, o resto é vazio.
“Endlessly”, da Desperation Band, “After the World”, da banda Disciple, e “O Teu Amor”, da banda brasileira Oficina G3 são as recomendações deste post.