Crise? Até Quando?

Ultimamente, crise tem sido um assunto constante. Seja economicamente falando, seja na área da saúde, com surtos de epidemias, seja humanamente, com crimes, terrorismo, mentiras. Enfim, crises em quaisquer lugares.

Conversar com alguém já não tem mais aquele sabor de amizade, porque hoje muitos precisam desabafar e não conversar. Viajar, então, é um problema: É muito caro e qualquer lugar é perigoso – especialmente os que nunca foram visitados (o que é totalmente contraditório, afinal, se você não conhece, não tem como ter uma opinião sobre o lugar). Relacionar-se com alguém é totalmente “antigo”, coisa de velho: Amar, ser amado, pensar em um futuro a dois é coisa do pasado, pois o “negócio” hoje é curtir cada segundo como se fosse realmente o último. O bom-senso também anda em falta no “mercado”, uma vez que líderes e entidades (e não falo só do Brasil, não), que deveriam ser respeitados por seus atos, cometem absurdos cada vez mais anti-éticos e amorais.

Uns dizem que é o fim dos tempos, outros acham que as verdadeiras mudanças e descobertas ainda estão por vir. A ganância impede que alguém tome um simples copo de água para que outra pessoa possa encher o bolso. A natureza é a culpada por inúmeras desgraças, por apenas ser como é. Alguns procuram mistérios em outros planetas ou galáxias enquanto poderiam ajudar e contribuir nos problemas já conhecidos, que não são poucos. Crianças dormem no e comem o lixo para cachorros comerem salmão em suas almofadas de seda. Soldados lutam por um petróleo que tornará ainda mais caro o orçamento. Todo dia, surge uma nova maneira de roubar os cidadãos, legal ou ilegalmente. O proprietário é obrigado a dividir a terra onde nasceu e cresceu com incapacitados e violentos invasores. Tudo faz mal: Desde um copo de leite, à luz do Sol, que é grátis – por enquanto. Volta e meia aparece alguém que previu o que acontece hoje, e outros que dizem saber exatamente como aconteceu, mas ninguém sabe dar uma solução, uma resposta.

Quero deixar claro que não pretendo mudar o mundo sozinho, não é esse o ponto. É que, depois de tantas reformas, novidades, mudanças, descobertas, tecnologias e revoluções, talvez tenha chegado a vez de a Revolução acontecer em nós mesmos, nas nossas atitudes, no nosso modo de pensar. Não é necessário ser vidente (ou qualquer coisa do tipo) para ver que o Planeta está ficando pequeno demais para tantos desperdícios (materiais ou abstratos) e conflitos (armados ou ideológicos). Dar as mãos é grátis, não mata (nem engorda) e é, talvez, a única coisa que todos os idiomas saibam expressar.

Abaixo, um trecho da música “Até Quando?” do rapper brasileiro Gabriel Pensador, que é a recomendação que deixo, para esse post.

Até quando você vai ficar usando rédea
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea
Pobre, rico ou classe média?
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura

(…)

Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro